Publicado em 12/06/11
Um dos heterônimos de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, poematizou que "todas as cartas de amor são ridículas…" – leia o poema – no entanto, em tempos de ficantes, insignificantes, namoridos e peguetes, isso está a valer? Creio que o amor superará o mundo, conquanto seja imundo, mundaréu, mundialito, mundão, o amor será o amor, o amor é brega, o amor é esfrega, o amor é muro, o amor é escuro, o amor é bilhete, o amor é macete, o amor é mensagem, o amor é passagem, Paulo Leminsky – vale a pena ler – jogou "ludicamente" com amor dentro de metAMORfose, perfeito!
Namorar é preciso, viver é preciso! No entanto, namorar é preciso de necessário, de inconstante, de imprevisível. Viver é preciso de Exato, de pagar contas, de impostos impostos por um governo central, diferente das contas, narrações de amor sem governo, com juras e não juros de amor! Namorar às escondidas não tem preço, só tem apreço, tem o a cifra da música, tem o canto por todo o canto que com ou sem encanto, será enquanto e quando for portanto, será no entanto e entretanto e entre tantos, sobrará o beijo, "o maior desejo da boca é o beijo", diria Zeca Baleiro, beijo é sexo bucal de quem é normalmente anormal ou paranormal, por que somente se fala em amor e educação, serão um casal?
Há uma tal de paixão , que seria o Iago de Othelo e Desdêmona – vale a pena ver – esse tal substantivo abstrato, concreto em nossos dias de arranha-céus e condomínios sem domínios, seria uma tentação, o que é delícia de malícia,como apaixonar-se e amar,eis a questão! A vida é nossa nAMORada, se perdermos o amor, sobrará NADA! Como diria Roberto Freire: "Ame e dê Vexame!"
SINUHE DANIEL PRETO
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